Introdução
A turma do 6ºF na disciplina de Área de Projecto está a fazer um trabalho sobre os animais cujos sub-temas são: mamíferos, répteis, anfíbios, aves e animais aquáticos. Houve uma votação onde dois temas foram os mais votados. Depois de uma pequena conversa decidimos então que o melhor tema para pesquisar seriam os animais. Procuramos investigar sobre o seu habitat, o porquê dos animais em vias de extinção, reprodução animal, doenças, quais as causas dos animais estarem em vias de extinção, a sua alimentação e a sua maneira de se proteger dos perigos.
O que é um réptil?
Os répteis são animais de sangue frio. O seu corpo está quase sempre à mesma temperatura que o ar ou a água que o rodeia. Possuem coluna vertebral e uma pele espessa e seca, constituídas por escamas ou placas ósseas. Nem todos os répteis têm patas, mas os que têm possuem garras. Os lagartos, as cobras, os crocodilos, as tartarugas e os aligátores são todos répteis.
Os répteis formam um grupo de animais muito variado e colorido e estão representados em todos os continentes, excepto da Antártida. Os répteis mais conhecidos são as cobras e os lagartos, principalmente porque eles estão melhores distribuídos do que os crocodilos, tartarugas e tuataras, que também pertencem à classe répteis. Na verdade, muitas pessoas desconhecem que as tartarugas também são répteis de verdade.
Os répteis variam de tamanho desde os cinquenta milímetros, de comprimento até mais de nove metros. Em geral tem peles escamosas e quase todos põem ovos. Alguns dão á luz crias vivas. Possuem pulmões, como os mamíferos e, na sua maioria, são carnívoros.
Existem quatro ordens vivas de répteis, de que os seguintes animais são representativos: aligatores, e crocodilos, tuataras (só existe uma espécie), tartarugas e cágados, lagartos e cobras.
Os maiores répteis são os crocodilos-de-estuário, que podem medir 6m de comprimento.
Os répteis vivem na maioria das regiões temperadas e quentes , properando nos trópicos , onde se encontra a maior abundância e diversidade. Sendo animais de sangue frio , estão completamente dependentes do calor do ar circundante para manterem as suas funções vitais. Muitas espécies são exelentes trepadoras , ajudadas por garras – ou escamas equipadas com ganchos minúsculos – e caudas fortes , que usam para se pendurar nos ramos.
Mais de 7.000 espécies de répteis têm sido classificadas, a maioria delas encontrada nos climas tropicais e subtropicais. Os répteis são quase sempre fáceis de identificar, graças a algumas características em comum que os diferenciam dos outros animais terrestres ou semiterrestres. O sinal que mais identifica um réptil é a pele escamosa que cobre quase todo o seu corpo. Todos os répteis possuem algum tipo de escamas, cada uma delas adaptada está de acordo às circunstâncias.
A carapaça da tartaruga é recoberta por placas ósseas e tem evoluído para protegê-la. Outros répteis têm conchas tão pequenas que podem parecer invisíveis ao olho nu. Todos os répteis têm coluna vertebral, respiram ar (inclusive aqueles que passam a maior parte do tempo na água) e quase todos possuem quatro membros externos, embora não sejam visíveis externamente nas cobras e alguns lagartos.
Eles também são todos amnióticos, o que significa que o embrião em desenvolvimento é protegido por uma série de membranas e uma concha dura, evitando que os ovos sequem, protegendo-os dos predadores. Os répteis também são definidos por características ausentes e presentes. Diferentes dos mamíferos e pássaros, que evoluíram dos próprios répteis, os animais répteis são incapazes de regularem a própria temperatura do corpo e dependem do ambiente para obter calor corporal. Eles também não têm pelos e plumas.
Alguns répteis tentam parecer maiores e mais ferozes quando confrontados com um inimigo. Muitos fazem-no aumentando o tamanho de uma parte de seu corpo.
Este clamídossauro abre um colarante em torno do seu pescoço e avança, assobiando ruidosamente.
Se não resultar, ele foge.
Evolução dos répteis
Os répteis estão entre os mais antigos grupos de animais terrestres do mundo. Os primeiros répteis, como são conhecidos hoje em dia, evoluíram dos anfíbios há 250 ou 300 milhões de anos atrás e proliferaram com rapidez até se transformarem numa criatura terrestre. Provavelmente, os primeiros répteis eram fisicamente parecidos com os que existem hoje em dia. Suas peles grossas e impermeáveis os ajudaram a manter a unidade e os ovos em conchas permitiram-lhes se desenvolver em ambientes secos. Estas adaptações os ajudaram a completar seus ciclos de vida na terra. Dessa forma, eles foram capazes de colonizar quase todo o ambiente terrestre muito rapidamente.
Os répteis que conhecemos hoje em dia representam um pequeno exemplo daquelas primeiras criaturas, a maioria evoluiu rapidamente em outras direcções. Registros de fósseis mostram que os dinossauros e seus parentes, por exemplo, foram descendentes dos primeiros répteis, e não ao contrário. Com o tempo, vários grupos de répteis se diversificaram. Nos registros comparativos de fósseis, aparecem répteis parecidos aos mamíferos. A descoberta do famoso fóssil, em 1861, demonstrou que os pássaros também evoluíram destes primeiros répteis.
A vida dos répteis
Termo regulação e Hibernação
Ao contrário da maioria dos animais terrestres que pode gerar calor corporal da energia que recebem dos alimentos, os répteis não podem gerar sua própria fonte de calor. Como são exotérmicos, eles precisam do calor externo do meio ambiente para manter a temperatura corporal estável. Muitas espécies passam longos períodos se aquecendo ao sol, muitas vezes aplanando seus corpos para aumentar a área da superfície que recebe calor.
Por não usarem energia das reservas alimentícias para se manterem aquecidos, os répteis têm muito menos energia do que os animais endogénicos, como os mamíferos. Desta forma, eles podem manter uma taxa de metabolismo muito mais baixa e por isso são capazes de hibernar por longos períodos, sem precisar de comida para se manterem vivos – seus processos corporais internos podem ser diminuídos e fazer com que eles sobrevivam sem comida por vários meses.
Muitas espécies de cobras, lagartos e tartarugas das regiões temperadas e desérticas se retiram para o subsolo durante o Inverno, onde eles se protegem do gelo, buscando lugares mais aquecidos. Alguns cavam tocas, mas outras espécies utilizam as tocas feitas por outros animais ou cavidades nas bases dos tocos de árvores. Algumas espécies são conhecidas por hibernar em grupos grandes. As cobras cascavéis, por exemplo, formam grupos de hibernação que podem conter dúzias de indivíduos.
Como respiram?
Por pulmões, tal como as Aves e os Mamíferos.
Predadores da Natureza
Ironicamente, o sucesso e abundância dos répteis no mundo animal fazem deles uma caça atraente para outros predadores. Além de serem comuns, eles são fáceis de ser capturados. Mesmo as cobras e lagartos mais rápidos correm perigo quando caçam em lugares abertos ou se aquecem sob o sol.
Mesmo que os répteis tenham desenvolvido mecanismos de defesa (veja selecção anterior), os predadores têm conseguido neutralizá-los.
A maioria dos predadores de cobras tenta cansá-las e confundi-las com movimentos rápidos. Muitos deles são resistentes ao veneno da cobra do seu mesmo habitat. Talvez o predador mais famoso seja o magusto, que é capaz de caçar cobras venenosas, como as najas, com grande habilidade e sem medo.
Uma grande variedade de outros animais é capaz de comer algum tipo de cobra. Os pássaros, principalmente, são os maiores predadores das cobras e dos lagartos. Algumas espécies como o serpentário e o roadrunner são matadores especializados em cobras.
Até mesmo os modestos ouriços pigmeus africanos incluem as cobras na sua alimentação. Um bom exemplo de um matador de répteis é o tubarão - tigre, que ataca e come grandes tartarugas marinhas, com concha e tudo. Os crocodilos também não ficam imunes – enquanto os adultos são ameaçados pelos humanos, outras criaturas, como os lagartos monitores, comem seus ovos.
Mecanismos de Defesa
Muitos répteis são procurados por outros animais maiores como alimentos, por isso muitas espécies têm evoluído mecanismos para se defender dos predadores. Algumas espécies são mestras em camuflagem e possuem um padrão de pele e cor que lhes permitem se disfarçar nos arredores. Cobras como a bela víbora do Gabão, por exemplo, podem ficar quase invisíveis. Algumas cobras, como a hog-nosed, fingem-se de mortas quando os predadores se aproximam, ficando imóveis a espera de que não sejam detectadas.
Outras espécies possuem cores brilhantes para mostrar aos predadores que são perigosas. Algumas mais inofensivas, como a cobra real e a falsa coral podem até imitar as cores de parentes perigosos para enganar os predadores. Alguns mecanismos de defesa dos répteis podem parecer mais agressivos. Muitas espécies de lagartos, como o dragão-lagarto australiano, possuem cristas ao redor do pescoço que podem inchar-se ou levantar-se, fazendo-os parecer maiores e menos apetitosos - truque imitado e aperfeiçoado pelas espécies da cobra naja, que dilata seu pescoço quando se sente ameaçada.
Já a espécie thorny devil está coberta por espinhos de aparência agressiva, outros répteis erguem suas patas frontais e incham seus corpos para parecerem maiores. Muitas outras cobras assobiam ou ficam de boca aberta quando são ameaçadas, atacando os possíveis intrusos. Os sinais de advertência também aparecem de diversas formas. Muitas cobras inofensivas exalam um mau cheiro através de glândulas especiais localizadas perto do rabo. Três espécies de naja, por exemplo, cospem fluidos venenosos que podem até cegar animais desprevenidos.
Alguns répteis são tão grandes e agressivos que quase não necessitam mecanismos de defesa quando são adultos. Grandes crocodilos e cobras constritoras têm poucos predadores naturais, pois seus tamanhos, suas impressionantes arcadas dentárias e seus músculos intimidam e assustam os curiosos.
Alimentação
A maioria dos répteis é carnívora, alimentando-se de vários tipos de animais menores para se manterem vivos. Desta forma, eles têm desenvolvido instintos altamente oportunistas e predadores e, ao mesmo tempo, reflexos incríveis que os ajudam a caçar e capturar presas com movimentos rápidos. Lagartos, tartarugas, crocodilos e muitas cobras pegam a comida com a boca e mastigam ou engolem a presa inteira, mas outros répteis possuem métodos mais sofisticados. As cobras venenosas picam suas vítimas com rapidez e injectam nelas poderosas toxinas, matando-as ou paralisando-as.
As cobras constritoras, como a piton e as jibóias, esmagam suas presas até a morte, antes de engoli-las, envolvendo seus anéis ao redor do animal, impedindo-o de respirar. Pequenas espécies de lagartos possuem dietas variadas, entre elas, insectos e vários tipos de invertebrados. Muitas cobras comem rãs, pequenos lagartos, peixes, roedores e outros mamíferos pequenos. Mas alguns répteis têm dietas altamente especializadas, se alimentando quase exclusivamente de um único tipo de presa.
A cobra americana egg-eating, por exemplo, como o próprio nome em inglês indica, come principalmente ovos, enquanto a naja se alimenta de outras cobras. Já as tartarugas-de-couro, as maiores tartarugas marinhas, se alimentam quase exclusivamente de águas-vivas e outras criaturas marinhas de corpo mole. Alguns répteis, como espécies de tartarugas são herbívoros e se alimentam somente de plantas e frutas. A iguana marinha, por exemplo, se alimenta somente de algas das rochas localizadas debaixo da água.
Outras, como as iguanas verdes terrestres, são omnívoras e possuem uma dieta diária de plantas, insectos e outros pequenos animais. Os grandes répteis, como as grandes cobras constritoras e os crocodilos, atacam e comem presas maiores, como porcos, veados, lagartos grandes e até seres humanos. As cobras, principalmente, podem engolir animais inteiros – ao desprender suas mandíbulas inferiores e esticar sua pele, elas podem ingerir animais bem maiores e mais pesados do que elas.
Reprodução dos répteis
Os répteis se reproduzem sexualmente da mesma forma que outros vertebrados. Antes de procriar, muitas espécies de répteis entram em rituais de acasalamento que podem levar horas ou até dias. O comportamento entre eles durante o acasalamento é amplo e varia entre as diferentes ordens.
Os lagartos machos podem mudar de cor ou esvoaçar a pele localizada ao redor da garganta; algumas cobras entram em processos complexos de entrelaçamento e perseguição; as tartarugas e podem golpear seus prováveis companheiros com as suas patas e os crocodilos e jacarés costumam a berrar ou rosnar, indicando que estão prontos para o acasalamento.
Em muitas espécies, as demonstrações de acasalamento dos machos estão feitas para intimidar outros machos e atrair as fêmeas. O ato de acasalamento pode ser incómodo e muito perigoso, principalmente entre as grandes tartarugas e crocodilos, pois estão menos preparados para movimentos ágeis na terra. As tartarugas marinhas costumam a acasalar na água, pois o meio ajuda a suportar seus corpos pesados.
A maioria dos répteis é ovíparo, isto significa que colocam ovos. A desova pode ser feita de muitas maneiras no mundo dos répteis. Algumas espécies podem colocar grandes quantidades de ovos, que se desenvolvem sozinhos, muitas vezes em ninhos escondidos e bem protegidos, em baixo da terra ou na areia.
Tartarugas marinhas como as tartarugas - verdes, por exemplo, chegam na praia para desovar na areia, onde os ovos são deixados para se desenvolverem sozinhos. Em outras espécies como as dos crocodilos ou pitons, as fêmeas defendem o ninho com agressividade, passando longos períodos ao redor do local e afastando qualquer predador.
A maioria das espécies de répteis é ovovivípara, o que significa que os embriões se desenvolvem em ovos de casca fina dentro do corpo da mãe. Os ovos chocam antes de serem colocados para fora do corpo, por isso pode parecer que as espécies ovovivíparas geram os filhotes vivos. A Ovoviviparidade pode ser encontrada em várias espécies de lagartos e cobras.
A vida dos répteis
Termo regulação e Hibernação
Ao contrário da maioria dos animais terrestres que pode gerar calor corporal da energia que recebem dos alimentos, os répteis não podem gerar sua própria fonte de calor. Como são exotérmicos, eles precisam do calor externo do meio ambiente para manter a temperatura corporal estável. Muitas espécies passam longos períodos se aquecendo ao sol, muitas vezes aplanando seus corpos para aumentar a área da superfície que recebe calor.
Por não usarem energia das reservas alimentícias para se manterem aquecidos, os répteis têm muito menos energia do que os animais endogénicos, como os mamíferos.
Desta forma, eles podem manter uma taxa de metabolismo muito mais baixa e por isso são capazes de hibernar por longos períodos, sem precisar de comida para se manterem vivos – seus processos corporais internos podem ser diminuídos e fazer com que eles sobrevivam sem comida por vários meses.
Muitas espécies de cobras, lagartos e tartarugas das regiões temperadas e desérticas se retiram para o subsolo durante o Inverno, onde eles se protegem do gelo, buscando lugares mais aquecidos. Alguns cavam tocas, mas outras espécies utilizam as tocas feitas por outros animais ou cavidades nas bases dos tocos de árvores. Algumas espécies são conhecidas por hibernar em grupos grandes. As cobras cascavéis, por exemplo, formam grupos de hibernação que podem conter dúzias de indivíduos.
Curiosidades:
A víbora-cornuda
SABIAS QUE…A víbora-cornuda tem esse nome porque o nariz é arrebitado. A sua dentadura só tem dois dentes. Em repouso esses dentes estão retraídos no céu-da-boca. Quando a víbora morde, os dentes deslocam-se para a frente como dois ganchos que penetram na vítima, injectando-lhe o veneno. Os ratos de que se alimenta morrem devido à acção desse veneno, sendo engolidos de seguida. Embora venenosa, a víbora-cornuda não ataca o Homem, preferindo fugir e esconder-se. Só se nós a incomodarmos é que ela se pode zangar e tentar morder.
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